quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Tumores urológicos


TUMORES UROLÓGICOS
 CÂNCER DE BEXIGA
·         Câncer urotelial papilífero.
·         Para diagnóstico, citoscopia e biópsia
·         Clínica de hematúria micro ou macroscópica. Urgência urinária, polaciúria.
Fatores de risco: homem, maior de 60 anos, tabagista, derivados de petróleo.

Paciente, masculino, 79 anos, hematúria indolor macroscópica, há 9 meses. H.A.S controlada, tabagista

Qual diagnóstico? Como chegar a ele? Tumor de bexiga. Quadro clínico sugestivo, TC com contraste. Cistoscopia.

Qual tipo histológico? Quais fatores de risco? Células uroteliais (que são presentes em todas as vias urinárias – pelve, cálice, ureter e bexiga). Idade, tabagismo, alguns corantes, derivados de petróleo.

Qual tratamento? Sonda vesical de três vias para “lavar a bexiga” e retirar coágulos que estejam obstruindo (tratamento de urgência). Ressecção de bexiga (em fase inicial) ou RTU, para ‘raspar’ o tumor. O parâmetro para a retirada da bexiga – cistectomia radical – é o acometimento da muscular da bexiga (que é diagnosticada  por biópsia). Radioterapia, quimioterapia ou cirúrgico, dependendo do estadiamento.

Quais possíveis complicações? Na cistectomia radical, é necessário retirar a próstata – cistoprostatectomia radical. Neobexiga ou derivação a Bricker. Se não tratar, obstrução de vias urinárias e insuficiência renal (hidronefrose e perda de função glomerular). Retenção urinária, infecção de TU, polaciúria, disúria.

Paciente, feminino, 55 anos, lombalgia direita, hematúria macroscópia, massa em flanco direito. Prévia: obesa, diabética, hipertensa, ex-tabagista (parou há 25 anos). Histórico familiar de tia com câncer no trato urinário

Qual diagnóstico? Como chegar a ele?  Neoplasia renal (Carcinoma de células renais). O diagnóstico é incidental. Quadro clínico com tríade clássica: lombalgia direita, hematúria macroscópia, massa palpável. Ressoância magnética, tomografia computadorizada de abdome. Não requer comprovação histopatológica (biópsia) para realizar tratamento.

Qual tipo histológico? Quais fatores de risco? Carcinoma de células claras. Tabagismo (principal), obesidade e H.A.S crônica.

Qual tratamento? Nefrectomia parcial ou radical a depender do estadiamento e presença de metástases. Radioterapia não funciona para esse tumor.

Quais possíveis complicações? A principal complicação no intraoperatória é hemorragia. A nefrectomia parcial tem a intenção de preservar glomérulos e  o paciente não vir a precisar de terapia dialítica. Metástase de pulmão. Necessidade de hemodiálise, polaciúria.

Paciente masculino, 25 anos, previamente hígido, nodulação endurecida na bolsa escrotal há direita. Sem dor, sem trauma.
Qual diagnóstico? Como chegar a ele? Câncer de testículo. Marcadores tumorais (alfa-feto proteína, DHL e HCG), USG escrotal. RX de torax.

Qual tipo histológico? Quais fatores de risco? Carcinoma de células germinativas. São divididos em dois grandes grupos: seminoma e não seminoma. Idade (pacientes jovens). Histórico de criptoquirdia (testículo fora da bolsa escrotal), radiação, história familiar. Lesões e traumas na bolsa escrotal.

Qual tratamento? Orquiectomia parcial ou radical, a depender do estadiamento. Acesso via inguiectomia (similar à incisão de uma hérnia).

Quais possíveis complicações? Neotumor. Não dá disfunção erétil, nem redução dos níveis de testosterona. Possibilidade de infertilidade em caso de quimioterapia. Histórico familiar, lesão ou trauma escrotal.

CÂNCER DE PÊNIS
Paciente masculino, 42 anos, tabagista, etilista, morador de rua, queixa de vegetação/ulceração na glande há 4 meses, evolutivo. Histórico de fimose.
Qual diagnóstico? Como chegar a ele? Câncer de pênis. História clínica sugestiva (fatores de risco presente +, caráter evolutivo); exame físico com lesão sugestiva em glande; biópsia com análise anatomohistopatólogica.

Qual tipo histológico? Quais fatores de risco? Carcinoma epidermoide de células escamosas. Tabagista, etilista, má higienização, fimose, história sexual (promiscuidade, sexo sem camisinha), HPV.

Qual tratamento? Tem que retirar a lesão. Retirada parcial da lesão (penectomia parcial ou total), linfadenectomia inguinal bilateral, quimioterapia se metástase.

Quais possíveis complicações? Metástases, necrose da artéria femoral.

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